Nos anos 60, quando se começou a investigar a terapia de luz vermelha, os lasers eram a única opção disponível e, durante décadas, considerou-se que a sua coerência e monocromaticidade eram fatores imprescindíveis para obter benefícios terapêuticos.
No entanto, com o avanço da tecnologia, surgiu o díodo emissor de luz (LED), o que na altura, gerou dúvidas e ainda hoje, algumas pessoas perguntam-se se os LED podem oferecer os mesmos benefícios que os lasers na fotobiomodulação.
Neste artigo, dou-te argumentos que demonstram a eficácia da terapia de luz vermelha aplicada com LED.
Laser ou LED na terapia de luz vermelha – Qual é melhor?
Nos primeiros 40 anos de estudo, os lasers foram a fonte de luz predominante e muitos investigadores consideravam que as suas características físicas (coerência, colimação e monocromaticidade) eram imprescindíveis para alcançar efeitos terapêuticos.
No entanto, estudos recentes demonstraram que os LED podem gerar efeitos semelhantes. De acordo com o artigo publicado por Heiskanen e Hamblin na Photochemical & Photobiological Sciences, os LED demonstraram ser eficazes na fotobiomodulação, proporcionando benefícios comparáveis aos lasers na estimulação celular e tecidual.
A evidência disponível sugere que a chave do efeito terapêutico da fotobiomodulação não reside exclusivamente na coerência do laser, mas sim no comprimento de onda, na dose de energia e no tempo de exposição. Isto significa que tanto os lasers como os LED podem induzir respostas biológicas benéficas se forem utilizados corretamente.
Estudo
Fotobiomodulação: lasers versus díodos emissores de luz?
Estudo
A fototerapia com díodos emissores de luz (LED-LLLT) é realmente eficaz?
Vantagens do LED face ao Laser
Tanto a terapia de luz vermelha com laser aplicada numa clínica como aquela que podes receber em tua própria casa com uma lâmpada de LED oferecem benefícios para o corpo, mas, nos últimos anos, os investigadores descobriram que o LED, apesar de não serem fontes de luz coerentes, oferece várias vantagens.
A primeira é a ausência de restrições de segurança relacionadas com o laser
Os dispositivos laser emitem uma luz altamente concentrada e coerente, o que pode representar riscos significativos se não forem utilizados corretamente. Entre os perigos mais comuns do laser estão os danos oculares irreversíveis se o feixe de luz for olhado diretamente, o sobreaquecimento dos tecidos e o risco de queimaduras na pele se a exposição for prolongada ou a potência for demasiado alta.
Devido a estes riscos, a utilização da terapia laser costuma requerer supervisão profissional e medidas de proteção adicionais, como óculos especializados.
Por outro lado, os dispositivos LED emitem uma luz difusa e não coerente, o que reduz consideravelmente o risco de danos oculares e sobreaquecimento dos tecidos. Isto faz com que os LED sejam uma opção muito mais segura para uso doméstico, permitindo que qualquer pessoa beneficie da terapia de luz vermelha sem necessidade de precauções extremas. Além disso, a sua capacidade de cobrir áreas maiores do corpo de forma uniforme aumenta a sua eficácia em diversos tratamentos sem comprometer a segurança do utilizador.
Facilidade de uso em casa
Não requer formação especializada nem equipamento de proteção adicional para uma aplicação segura e eficaz.
Capacidade de irradiar grandes áreas de tecido de uma só vez
Enquanto o laser concentra toda a energia num único ponto, o LED permite um tratamento com uma maior área de irradiação, tornando a terapia mais eficiente em menos tempo. É a melhor opção para aplicar terapia de luz vermelha em zonas extensas como as costas, as pernas ou o abdómen, sem necessidade de mover constantemente o dispositivo.
A tecnologia LED também permite dispositivos portáteis e económicos
Podes utilizá-lo confortavelmente em tua casa ou no teu local de férias, pois existem diferentes tamanhos. Além disso, o custo é muito inferior por milivatt comparado com o laser.
A terapia de luz vermelha com LED veio para ficar, e a sua facilidade de uso faz dela uma opção ideal para quem procura incorporar esta terapia no seu dia a dia.
Diferença entre luz coerente e não coerente
A principal diferença entre a luz coerente e a luz não coerente está na organização e alinhamento das ondas de luz.
Luz coerente (como a do laser)
- As ondas de luz estão alinhadas em fase (movem-se sincronizadas no tempo e no espaço).
- Propaga-se num único sentido e com um feixe bem definido.
- Mantém a sua intensidade a longas distâncias.
- É altamente focalizada e pode concentrar uma grande quantidade de energia num ponto pequeno, como um feixe de laser utilizado em cirurgia, fotobiomodulação ou no corte de materiais.
Luz não coerente (como a dos LED)
- As ondas de luz estão desordenadas, ou seja, não viajam em fase nem numa única direção.
- Dispersa-se em várias direções.
- A sua intensidade diminui mais rapidamente com a distância.
- É menos perigosa para os olhos e a pele devido à sua dispersão.
- Um exemplo de luz não coerente é a luz das lâmpadas, os ecrãs de TV ou os díodos emissores de luz (LED).
Na terapia de luz vermelha, embora inicialmente se pensasse que a coerência do laser era essencial para obter efeitos biológicos, estudos demonstraram que a luz não coerente dos LED também pode gerar benefícios semelhantes na fotobiomodulação.
A conclusão final é que o LED oferece o mesmo resultado que o Laser
O debate entre laser e LED na terapia de luz vermelha evoluiu ao longo do tempo. Embora os lasers tenham sido os pioneiros no estudo da fotobiomodulação e continuem a ser uma opção válida, os LED demonstraram a sua eficácia, oferecendo vantagens adicionais em termos de segurança, acessibilidade e cobertura.
A fotobiomodulação LED veio para ficar e é uma alternativa viável e eficaz para aqueles que procuram aproveitar os benefícios da terapia de luz vermelha sem as limitações dos lasers tradicionais.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
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